quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Não tenho medo nem esperança

"Não tenho medo nem esperança. De um hotel fora do
destino, vejo uma praia negra e, longínquas, as grandes
pálpebras de uma cidade cuja dor não me afecta.

Venho do metileno e do amor; tive frio debaixo dos
tubos da morte.

Agora contemplo o mar. Não tenho medo nem esperança."

Antonio Gamoneda (trad. de José Bento)

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