"Se for nevar, ficaremos
como quem espera a neve
– no intervalo sonolento
aonde somente cresce
estar esse alguém perdendo,
não o ver, o que o sustente.
Recolheu-se já o vento.
E encostou recolher-se
ao sono. Que, desde dentro,
puxou o sono por esse
pensar cada vez mais lento,
do intervalo aonde cresce."
Fernando Echevarría
"Geórgicas"
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