I
"Nunca persegui a glória
ou colocar na memória
dos homens minha canção;
Eu amo os mundos sutis,
ingrávidos e gentis
como bolhas de sabão.
Gosto de vê-los pintar-se
de sol e púrpura, voar
sob o céu azul,tremular
subitamente e quebrar-se.
II
dos homens minha canção;
Eu amo os mundos sutis,
ingrávidos e gentis
como bolhas de sabão.
Gosto de vê-los pintar-se
de sol e púrpura, voar
sob o céu azul,tremular
subitamente e quebrar-se.
II
Para que chamar caminhos
A tais sulcos do azar?…
Todo o que caminha anda,
como Jesus, sobre o mar.
III
A tais sulcos do azar?…
Todo o que caminha anda,
como Jesus, sobre o mar.
III
A quem nos justifica nossa desconfiança
chamamos inimigo, ladrão de uma esperança.
Jamais perdoa o néscio se vê a noz vazia
que descascou o dente da sabedoria.
IV
chamamos inimigo, ladrão de uma esperança.
Jamais perdoa o néscio se vê a noz vazia
que descascou o dente da sabedoria.
IV
Nossas horas são minutos
quando esperamos saber,
e séculos quando sabemos
o que se pode aprender.
V
quando esperamos saber,
e séculos quando sabemos
o que se pode aprender.
V
De nada vale o fruto
colhido sem madurez…
Nem ainda que te elogie um bruto
há de ter sisudez.
XXIX
colhido sem madurez…
Nem ainda que te elogie um bruto
há de ter sisudez.
XXIX
Caminhante, são teus rastros
o caminho e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar.
Ao andar se faz caminho,
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se há de voltar a pisar.
Caminhante não há caminho
senão esteiras no mar.
LI
o caminho e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar.
Ao andar se faz caminho,
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se há de voltar a pisar.
Caminhante não há caminho
senão esteiras no mar.
LI
Luz da alma, luz divina,
lanterna, tocha, estrela, sol…
Um homem às cegas caminha;
leva nas costas um farol."
lanterna, tocha, estrela, sol…
Um homem às cegas caminha;
leva nas costas um farol."
Antonio Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário