homem solitário
Que olhava fixo para certa música estranha
Que um menino extraía do coração de um sapo.
Naquela manhã dominical eu tinha vontade de sofrer
Mas sob as árvores as crianças eram tão comunicativas
Que faziam esquecer de tudo
Olhando os barcos sobre as ondas...
No entanto o homem passava ladeado de muros!
E eu não pude descobrir em seu olhar de morto
O mais pequeno sinal de que estivesse esperando
alguma dádiva!
Seu corpo fazia uma curva diante das flores."
Manoel de Barros
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