quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Poesia

"Estou nu diante da água imóvel.
Deixei minha roupa no silêncio dos últimos ramos.

Isto era o destino:

chegar à margem e ter medo da quietude da água."

Antonio Gamoneda
"Livro do Frio"
Trad. José Bento

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