A hora que se afasta e me arrebata,
Do tempo na silenciosa catarata,
Saúde, amor, os sonhos e as alegrias.
Ao evocar as minhas ilusões,
Penso: “Eu não sou eu!” por que insensata,
A mesma vida com seu sopro mata
Meu ser antigo e traz lentas aflições?
Sou um estranho ante meus próprios olhos,
Um novo sonhador, um peregrino,
Que ontem pisava flores e hoje...abrolhos.
E em todo instante é tal meu desconcerto,
Que, ante minha morte próxima, imagino
Que, muitas vezes, vivo já estou morto!"
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